quarta-feira, 29 de junho de 2016

Panteão Thelêmico

No Thelema, como ja estudamos, existe um Panteão de deuses cujo Crowley designou para seus seguidores thelemitas adorarem, são uma mistura de deuses de religiões diferentes mas com intenções interessantes, como quem pegasse principais divindades de religiões diferentes e criasse uma nova. Dentro dos rituais sexuais thelema, o homem deve interpretar um deus, enquanto a mulher deve interpretar uma deusa, que na união dessas divindades ( durante o sexo ), podem estabelecer o poder real de ambos os deuses desejados para praticar mudanças no mundo físico e astral.



Vejamos as divindades existentes no thelema:


Nuit é a deusa egípcia preenchida de estrelas, cujo corpo forma a abóbada celeste, é a representação do Infinito em nível Macrocósmico. Sendo todo homem e toda mulher uma estrela, Nuit simboliza a união de toda a humanidade em nível espiritual. Costuma ser representada por um círculo.

NUIT

                


Hadit, o globo solar alado de Hadit é a representação da individualidade, o infinito Microcósmico. Simboliza a Serpente de Luz que deve se elevar para se unir a Nuit e assim alcançar a plenitude, consumando a união dos opostos. É o Sol interior, a fonte de toda a luz e sabedoria. Costuma ser representado como um ponto.

HADIT


Hórus é uma divindade dual, composta por Ra-Hoor-Khuit e Harpocrates. RaHoor-Khuit é o deus de cabeça de Falcão, simbolizando o Ser Humano em sua porção ativa, masculina, material. Harpocrates é a criança nascida no Reino dos Mortos, representado como um menino nú com o dedo indicador direito sobre os lábios, representando o Ser Humano em sua porção silenciosa, passiva, feminina, ou como o “Bebê dentro do ovo”. Juntos eles integram a divindade solar Hórus, que representa o Ser Humano íntegro, divinizado.


HORUS


Aiwass é o ser que ditou o Livro da Lei. Apresentou-se como “ministro de Hoorpaar-kraat”. Mais tarde Crowley o identificou como seu próprio Sagrado Anjo Guardião (SAG).




Osíris é o deus egípcio dos mortos, que teve seu corpo destruído e espalhado pelo mundo e depois reconstruído por sua esposa Ísis, representa o Ser Humano espiritualmente revivido. Considera-se que o Ser Humano é composto de várias partes (corpo, mente, espírito) que se encontram em estado de separação e desarmonia. Osíris simboliza, tal como em seu mito, a integração e harmonização destes componentes no Ser Humano Completo por força de um amor maior, culminando na sua Ressurreição.


OSIRIS


Thoth é o deus do conhecimento, da escrita, da linguagem e da música. É também o deus da Lua, da Magia e da Sabedoria Oculta. Ele é Hermes Trimegisto ou Mercúrio, o mensageiro e mediador dos deuses. Geralmente é representado com a cabeça de Ibis, cujo bico assemelha-se a uma lua crescente, ou como um babuíno, animal noturno com muitas semelhanças com a humanidade.

Toth



Baphomet, mais do que uma divindade, é um dos maiores símbolos da Egrégora thelêmica. Sua imagem é um complexo glifo de simbolismos alquímicos, herméticos, astrológicos etc. Dentro da filosofia thelêmica, a imagem de Baphomet não possui qualquer correlação com o demônio, Satã ou similares. Ele representa a dinâmica contínua tanto da união quanto da separação, expressa na fórmula “Solve et Coagula”. Baphomet une o que está acima com o que está abaixo, como apregoa o postulado hermético, realizando a totalidade das coisas. 

Baphomet


Pã, o nome deste deus grego significa literalmente “Tudo”. Pã representa a Natureza como um todo no seu aspecto mais primitivo e selvagem, sendo tanto criador quanto destruidor. Extremamente sexual, também representa a consecussão do religamento entre o racional e o instinto bestial presente em toda a criação.

PAN



Babalon representa Yoni, o princípio feminino do Universo. Babalon é a geradora de todas as formas de vida, sendo a Grande Mãe, de cujo ventre todos vieram e para o qual todos retornarão. Também é conhecida como “Mulher Escarlate”, a “Grande Prostituta” e a “Mãe das Abominações”: ela é o Grande Mar e a Mãe Terra. Seu principal símbolo é o cálice, o Santo Graal. Em comunhão com o poder do Grande Feminino, muitas mulheres thelemitas expressam Babalon através de uma feminilidade enérgica, determinação e capacidade de comandar o mundo a sua volta.

BABALON



Chaos é a força criativa universal cujo poder é irrestrito, a substância primordial da qual toda matéria manifestada é feita. É o Fogo da Força da Vida encontrado em cada um de nós.

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